PROPOSTA DO MÊS DE JULHO





TODAS AS PROPOSTAS SEGUEM O PADRÃO DO ENEM 2012
PROPOSTA DE REDAÇÃO - 01

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A Terra que deixaremos para nossos descendentes, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Nossos passos sobre a Terra
Caminhar na praia oferece um misto de sensações reconfortantes. Pisar na areia macia, respirar a brisa carregada de oxigênio e ter a certeza de que o mar vai apagar nossos passos depois. Isso tudo, provavelmente, faz parte de uma experiência ancestral. Foi andando pela orla marítima que um pequeno grupo de antepassados nossos aventurou-se para fora da África pela primeira vez, há cerca de 50 mil anos.
Alimentando-se de peixes, mariscos e frutos do litoral do Oceano Índico e do Mar Mediterrâneo, eles seguiram adiante. Geração após geração, exploraram os recursos daquelas terras generosas. O grupo inicial, de umas 150 pessoas, cresceu e se multiplicou. Hoje somos 6 bilhões de humanos. E nossa caminhada deixa para trás rastros que o planeta não consegue mais limpar.
10 ameaças e uma esperança
1. Contaminação dos alimentos. O uso de fertilizantes e pesticidas na agricultura cresceu mais de 350% entre 1961 e 2002. São mais de 141 milhões de toneladas no mundo todo. Por enquanto, a agricultura orgânica representa menos de 1% da produção na maioria dos países.
 2. Invasões biológicas. Organismos fora de seu habitat desequilibram o meio ambiente. Os mexilhões-zebra da China, trazidos por navios, invadiram os rios e lagos das Américas, entupindo canos. Causam bilhões de dólares em prejuízo. A proliferação de algas exóticas do mar, chamada de maré vermelha, afeta a pesca.
 3. Perda de biodiversidade. A caça e o desmatamento afetam a biodiversidade do planeta. Calcula-se que 16.118 espécies, entre aves, mamíferos e anfíbios estejam ameaçadas de extinção.
 4. Poluição do ar. Todo ano, as indústrias lançam na atmosfera cerca de 100 milhões de toneladas de enxofre. Ele causa uma chuva ácida que afeta a agricultura e a saúde.
 5. Falta de água. A erosão e o uso inadequado estão secando alguns dos principais rios do planeta, como o Amarelo, na China, e o Colorado, , nos Estados Unidos. Em média, 18% da população mundial tem de andar mais de 1 quilômetro a pé para buscar água.
 6. Efeito estufa. Uma mistura de gases poluentes produzidos por indústrias, automóveis e queimadas está levando a Terra a acumular mais calor do Sol. Nos próximos cem anos, a temperatura média deverá subir entre 1,4 e 5,8 graus Celsius. O derretimento das geleiras e a expansão térmica da água farão o mar subir até 25 metros.
 7. Lixo. Cada pessoa produz entre 300 gramas e 1 quilo de lixo por dia. Mas alguns países contribuem mais. Em 2003, somente os Estados Unidos geraram 236 milhões de toneladas apenas em lixo doméstico. O índice de reciclagem ainda não é o bastante.
 8. Epidemias. O aumento da temperatura do planeta e os fluxos migratórios de pessoas e animais fazem crescer a ameaça de epidemias. Desde 2003, foram registrados 252 casos de gripe aviária, com 148 mortos. Outra preocupação é com a malária.
 9. Desmatamento. Se continuar o ritmo atual, em 2090 não haverá mais matas nativas. Nos últimos 5 anos, sumiram mais de 36 milhões de hectares de florestas no mundo. O desmatamento no Norte da China é tão intenso que agrava inundações nas cidades da região.
 10. Trânsito. A produção mundial de veículos cresceu 3,2% em 2005. O total de carros de passeio chegou a 600 milhões. Isso fora os 220 milhões de veículos comerciais. Um estudo nos EUA mostrou que os congestionamentos custam US$ 8 bilhões em combustível desperdiçado. Camada de ozônio. A recuperação da camada de ozônio na atmosfera é um exemplo de como os países conseguem remediar um problema global. A emissão de gases de refrigeradores e sprays, conhecidos como CFCs, danificou a capa de ozônio que protege a Terra dos raios solares cancerígenos. Diante do alarme científico, em 1987, os principais países assinaram o Protocolo de Montreal, para banir gradualmente os CFCs. Em 2003, os cientistas mediram, pela primeira vez, o início da recuperação da camada de ozônio.
A jornada humana no planeta provocou uma crise ambiental sem precedentes. Mas ela também pode ser uma chance para darmos um novo salto evolutivo.
(Época, 16/ 10/ 06 - adaptado)
INSTRUÇÕES:
·       O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
·       O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha apropriada, em até 30 linhas.
·       A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
·       A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo argumentativo receberá nota zero.
·       A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para o efeito de correção.




PROPOSTA DE REDAÇÃO - 02

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A intolerância em xeque
, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto 1
Num restaurante de classe média, pessoas torcem o nariz e pagam a conta antecipadamente, sem concluir a refeição, porque na mesa ao lado senta-se um casal negro, com uma filha e um filho adolescentes. Ninguém comenta ou reclama de que se trata de uma demonstração criminosa de racismo, não comprovável mas evidente. A adolescente discriminada põe-se a chorar e pede aos pais para irem embora também. A família comemorava ali o 14º aniversário dela.
Uma mulher decide sair de um casamento infeliz e pede a separação. O marido, que certamente também não está feliz, recusa qualquer combinação amigável e quer uma separação litigiosa. As duas filhas moças tomam o partido do pai, como se de repente a mãe que delas cuidara por mais de vinte anos tivesse se transformado em alguém desprezível, irreconhecível e inaceitável. Nenhuma das duas lhe pergunta os seus motivos; ninguém deseja saber de suas dores; nenhuma das duas jovens mulheres lhe dá a menor chance de explicação, o menor apoio. Parece-lhes natural que, diante de um passo tão grave da parte de quem as criara, educara, vestira, acarinhara e acompanhara devotadamente por toda a vida, fosse negado qualquer apoio, carinho e respeito.
Os casos se multiplicam, são muito mais cruéis do que estes, existem em meu bairro, em seu bairro. Nossa postura diante do inesperado, do diferente, raramente é de atenção, abertura, escuta. Pouco nos interessam os motivos, o bem, as angústias e buscas, direitos e razão de quem infringe as regras da nossa acomodação, frivolidade ou egoísmo. Queremos todos os privilégios para nós, a liberdade, a esperança. Para os outros, mesmo se antes eram muito próximos, queremos a imobilidade, a distância. Cassamos sem respeitar os seus direitos humanos mais básicos. A intolerância, que talvez não conste no índex das religiões mais castradoras, é com certeza um feio pecado capital. Do qual talvez nenhum de nós escape, se examinarmos bem.
(Lya Luft. Veja, 15.12.2004. Adaptado.)
Texto 2
Entrevista com Zilda Márcia Gricoli, historiadora e diretora-executiva do Laboratório de Estudos da Intolerância da Universidade de São Paulo (USP), que investiga e discute o tema em todas suas vertentes.
Qual a proposta do Laboratório de Estudos da Intolerância?
Trata-se de um centro multidisciplinar da Universidade de São Paulo (USP) que investiga todos os dilemas da intolerância, seja ela política, religiosa, cultural, sexual. Incluímos também o que chamamos de tolerância ao intolerável: prostituição infantil e massacres de populações indígenas e de rua, por exemplo. Trabalhamos ainda com os direitos dos animais. Refletindo sobre a forma como os homens os tratam, descobrimos como eles agem em relação aos seres humanos. Faremos um grande seminário sobre o assunto, aberto ao público.
Dê exemplos da intolerância no Brasil.
Não toleramos o pobre, por exemplo. Pobre é lixo, não queremos ver, queremos jogá-los fora. Pode ser índio, negro, branco. Em São Paulo, há praças que contam com o banco “antimendigo”, com braçadeiras especiais, que não permitem que ninguém durma ali. Gradearam chafarizes para que a população não tome banho. Tudo para “limpar” a cidade dos pobres. Como se eles fossem responsáveis pela sujeira.
É possível desenvolver a tolerância?
Sim. A intolerância é totalmente cultural. A cultura foi criada pelo homem para a sobrevivência da espécie. Ela tem esse objetivo, que é a proteção da vida, e não a destruição. A autonomia cultural não pode ir além da vida humana. Quando a cultura se apropria da negação do outro, é preciso uma intervenção.
(http://planetasustentavel.abril.com.br. Adaptado.)
Texto 3
Fascismo, comunismo, nazismo e todos os outros ismos totalitários produziram ao longo dos tempos algumas das mais pavorosas cenas de intolerância perpetradas pelo homem contra alguém que ele julga diferente. “Fogueiras, patíbulos, decapitações, guilhotinas, fuzilamentos, extermínios, campos de concentração, fornos crematórios, suplícios dos garrotes, as valas dos cadáveres, as deportações, os gulags, as residências forçadas, a Inquisição e o índex dos livros proibidos”, descreveu o jurista italiano Italo Mereu, são algumas das mais bárbaras manifestações de ódio adotadas por quem julga “possuir a verdade absoluta e se acha no dever de impô-la a todos, pela força”. A praga da intolerância só atinge esse patamar de perversidade quando um outro valor já não vigora mais há muito tempo: a democracia. É mais ou menos assim que as coisas funcionam. Aniquila-se a democracia em nome de um ideal revolucionário que promete semear a liberdade e o fim da opressão dos mais fracos. Essa é a promessa, mas o que se colhe jamais é a libertação, apenas abuso e intolerância. Numa primeira fase, o abuso é interno e concentrado contra os inimigos políticos do regime. Depois, todos se tornam inimigos em potencial e até a delação de vizinhos vira uma arma de controle social. Na fase seguinte, surgem as guerras contra os inimigos externos.
(Amauri Segalla. Veja, 16.04.2003. Adaptado.)
INSTRUÇÕES:
·       O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
·       O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha apropriada, em até 30 linhas.
·       A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
·       A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo argumentativo receberá nota zero.
·       A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para o efeito de correção.

Nas férias se divirta bastante, mas não esqueça de passar por aqui e produzir bons textos!


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